A ansiedade de ver logo o trabalho finalizado desse casamento foi tanta, que pela primeira vez finalizei o casamento antes do ensaio. RSRS…
É bem sério, a gente conhece um monte de noivos nesses eventos/casamentos, e as vezes a gente se depara com algumas pessoas, digamos: iluminadas, que sabem o que é viver intensamente, festar intensamente.
Desde que vim para o Rio de Janeiro e fotografamos o grupo desse casamento tivemos a sensação de que muita coisa boa vai vir ainda. Tanto que foi esse mesmo grupo, que sem nem fazer idéia, nos incentivou nesse projeto de fotografia de casamento aqui no Rio de Janeiro.
Quando a Mari e o Juan pediram uma proposta pra gente: nós três Eu (Justen), Diego e Gera nos olhamos e pensamos: “C4R4LH0!!”
E até o momento em que pegarmos o álbum pronto na mão essa expressão, ainda estará gritando nos nossos pensamentos. Foi uma intensidade gigante do início ao fim. Teve de tudo nesse casamento até mudança de local e de fornecedores. E se vocês me autorizarem a dar spoilers, (sim eu usei uma palavra de cinema pra fotos de casamento), a hora do beijo, ou melhor, a intensidade inteira daquela cerimônia, não seria a mesma senão fosse tais mudanças.
Agora chega aquela hora do texto em que eu procuro um texto bonitinho pra compor aqui, com certeza vai chegar este momento, mas antes quero contar o meu dia de ontem. Justen endoidou aqui.
Ontem fomos ao Museu do amanhã com Frank, um fotógrafo de Piripiri – Piauí, parceiro novo do projeto de fotografia de casamento, fui levar ele pra ver a exposição do Sebastião Salgado. Expo irada e fomos para a parte de cima do museu. Eu to visitando o museu do amanhã pela quarta vez e nunca tinha observado uma cúpula de nome COSMOS. Fiquei numa fila de uns 15min, nesse meio tempo troquei umas mensagens e consegui os ingressos pra uma peça de teatro, chamada O Astronauta, que muito sem querer tinha semelhança com a cúpula Cosmos do museu do amanhã.
Essa é a terra esse somos nós. Nele todos que você ama todos que você conhece, todos de que já ouviu falar, todo ser humano que já existiu viveram suas vidas. Cada casal apaixonado cada mãe e pai cada criança esperançosa cada santo e pecador da história da nossa espécie viveu aqui. Em um grão de poeira suspenso em um raio de sol. O quão frequentemente são mal-entendidos, quanta ânsia há por se matarem.
Pálido Ponto Azul – Carl Sagan
Nossa imaginaria auto-importância a ilusão de que temos uma posição privilegiada dentro do universo é desafiada por esse pálido ponto de luz.
Nosso planear é uma espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão não há nenhum indício que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nós mesmos. Gostando ou não a terra é onde estamos estabelecidos. Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas do que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros e de preservar e estimar o pálido ponto azul….
Ai agora vocês devem estar imaginando que eu to bem doidão, contando sobre um passeio, mas a verdade é que, tanto o cosmos do museu do amanhã, a peça O Astronauta, esse casamento entre muitos gestos singelos que acontecem a nossa volta é representada por uma simples palavra “O AMOR”.